(Ecstatic Peace, 2007)
Conhecidos como verdadeiros terroristas sónicos, muitos foram os tumultos que criaram em palco e não só. Já com cinco anos recheados de discos e cdr´s e do apadrinhamento dos Sonic Youth, I Trust My Guitar, etc foi o disco que colocou definitivamente os Magik Markers na primeira linha do noise-rock e na entrada para a editora de Thurston Moore, a Ecstatic Peace. Recentemente passaram de trio e duo, com a saída da baixista Leah Quimby, e coincidência ou não, a banda mudou em termos sonoros. De facto, a primeira impressão que ficamos ao escutar o novo disco Boss é questionar se estes serão os mesmo Magik Markers que outrora conhecemos. Onde antes existia improvisação desenfreada e descargas brutais e viscerais, agora existem canções tocadas a partir de guitarra acústica e piano e em que Elisa Ambrogio (espante-se!) canta. A espaços, lembramo-nos de Patti Smith e das suas baladas negras de Radio Ethiopia. No entanto, esta aparente mudança da banda não se nota apenas no som mas também nas letras das próprias canções. Taste é muito provavelmente o tema-chave de Boss mas atenção especial também a Body Rot (que poderia ser muita bem uma canção dos Sonic Youth) e Bad Dream/Hartford's Beat Suite, numa incursão algo country/folk com algum feedback à mistura pois os Magik Markers podem ter mudado mas ainda são - à sua maneira - uma banda rock ruídosa.
Boss é assim uma das grandes surpresas deste ano revelando-se um disco absolutamente fabuloso e intenso em que conhecemos "o outro lado" da banda. Não deixa de ser irónico que através de uma sonoridade mais calma, acessível e "madura", os Magik Markers apresentem o seu trabalho mais punk (em termos de atitude) e contra-todas-as-expectativas-possíveis. Um grande álbum.
Nuno Afonso
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www.myspace.com/theemagikmarquers
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Taste >
http://www.pitchforkmedia.com/article/download/44736-magik-markers-taste-mp3stream
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