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| DISCOS | Jesu: Lifeline

Jesu: Lifeline
(Hydra Head, 2007)


Os Jesu encantaram meio mundo quando se estrearam há dois com o fabuloso EP Silver que fazia a ponte entre o rock mais pesado e a dream pop dando azo a uma interessante definição própria à sua música: metal-shoegaze. Justin Broadrick, a mente dos Jesu, não é um novato nestas andanças e já fez parte de bandas como os Techno Animal ou Godflesh mas os Jesu são até agora, o seu projecto mais consensual à data.

Já este ano e após o lançamento do tão esperado longa-duração Conqueror, seguiu-se o split com o músico ambient Eluvium, o disco de raridades Pale Sketches e, como se dúvidas houvesse em relação à sua hiper-actividade, o novíssimo EP Lifeline.

Quatro novas faixas em que a banda atribui maior relevo às guitarras e vozes etéreas, num registo mais próximo do ambiental. A grande novidade é a participação da diva Jarboe (vocalista dos Swans) no tema Storm Comin' On que torna esta num dos melhores temas do ano, com um instrumental digno de uma voz com a de Jarboe. End of the Road é outro tema de destaque e que acaba por resumir um pouco os restantes dois, em que a melodia e os crescendos produzem um efeito doce e atmosférico, a nível próximo do EP estreia embora, de certa forma, mais luminoso.
Os Jesu continuam a limar arestas e a evoluir numa sonoridade que já se tornou muito sua. Daqui para a frente só há que seguir as suas coordenadas.
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You Wear Their Masks >
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| TRACKS | Sunset Rubdown: Winged Wicked Things

Os Sunset Rubdown de Spencer Krug (também dos Wolf Parade) estão de regresso com o novo Random Spirit Lover. Trata-se de mais um fantástico disco da banda de Montreal que teve a particularidade de ser totalmente disponibilizado no site da sua editora Jagjaguwar para download gratuito ainda antes do seu lançamento oficial. Winged Wicked Things é um óptimo exemplo das inspiradas canções e do ambiente intenso que se pode encontrar no álbum.

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http://mp3.insound.com/download.php?mp3id=3226
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Odd Nosdam: Novo capítulo na terra da nuvem morta

E mais uma vez a editora/colectivo Anticon apresenta-nos um novo e fascinante lançamento discográfico, desta feita de Odd Nosdam, elemento dos cLOUDDEAD - uma das bandas mais originais e inovadoras na área da electrónica e hip-hop dos últimos tempos.
Para além de DJ e produtor já desenvolveu vários trabalhos na arte visual e edita em nome próprio desde 2001, altura em que surgiu Plan 9: Meat Your Hypnotist. Para quem nunca se cruzou com a música de Nosdam (ou até mesmo com qualquer outro nome da Anticon.) há que avisar que apesar de hip-hop, este não opta pelo género estandardizado que habitualmente se conhece. Aliàs, os mais puristas renegam mesmo que se trate de hip-hop... O certo é que se trata de uma visão muito própria e desafia paradigmas dentro do género. Ele consegue criar um universo denso, intimista, vagamente surreal e obscuro mas também melodioso aproximando-o de uma pop futurista mais sonhadora.

Burner é provavelmente a sua obra-prima e contou com a colaboração de outros artistas de relevo como Jessica Bayliff ou Múm, obtendo uma execelente receptividade junto das publicações especializadas. Em 2007, Nosdam regressa com novo e recomendado álbum intitulado Level Live Wires que dá continuidade à sua fabulosa obra e a descobrir novos caminhos para a música.
Nota alta para Nosdam e para a Antion, pois claro.
Nuno Afonso

..::..Myspace..::..
http://www.myspace.com/nosdam

| VIDEO | Stars Of The Lid: Apreludes (In C Sharp Major)

From Their Refinement...2007 :: Directed by Luke Savisky

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Video > http://brainwashed.com/common/video/m4v/stars_of_the_lid-apreludes.m4v

Mp3 > http://downloads.pitchforkmedia.com/Stars%20of%20the%20Lid%20-%20Apreludes.mp3

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| Sob Escuta | Deltahead


Com o advento da internet, a consolidação do globalismo e a massificação da informação, por vezes damos connsoco a pensar que já vimos tudo e que já nada nos pode surpreender. É nestas alturas que deus-nosso-senhor nos manda um aviso e faz-nos ver o quanto estamos errados. Foi numa dessas alturas, em que pensava eu que já nada me surpreendia na música, quando qual epifania divina, me foi dado a conhecer num capricho do destino, o álbum de estreia dos suecos Deltahead.

Formalmente, os Deltahead são um duo composto por David Tallroth e Benjamin Quigley; ambos tocam bombo, um toca guitarra (slide, predominantemente), o outro toca contrabaixo e os dois cantam através de uma maquineta caseira carinhosamente apelidada de ASET (Analogue Sound Expanding Trunk), uma espécie de caixa de madeira com três grafonolas lá dentro.

Musicalmente, os Deltahead são um power-duo garageiro, com raízes assentes nos grandes mestres do blues, especialmente dos do delta do Mississipi, que depois transformam em garage-punk viciante e escorreito: um riff certeiro, uma linha de contrabaixo em cheio no meio dos dentes e um refrão repetido até à exaustão, por entre testosterona e suor aos rodos.

Neste momento, dava o meu rim direito para os ver em Portugal num futuro (bem) próximo.

Pedro Soares


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http://www.myspace.com/deltahead

..::..Youtube..::..
My Mama Was Too Lazy To Prey

| AO VIVO | Acid Mothers Temple & Melting Paraiso UFO + Raccoo-oo-oon @ ZDB

A expectativa era grande. Só podia. O regresso dos Acid Mothers Temple (AMT), uma das bandas mais importantes e influentes do underground japonês, é sempre um acontecimento, e para mais com uma primeira parte atribuída a uma outra banda que tem despertado o fascínio de muitos e que já há algum tempo se esperava também por cá.

Com casa cheia, os Raccoo-oo-oon entraram em palco pouco passava da hora marcada e dali adiante brindaram a ZDB com uma incrível jam de rock desconstrutivo e livre próximo ao universo de uns Comets On Fire ou Sun City Girls. Por entre os ritmos lançados pela poderosa percussão, saltavam os efeitos de voz e as guitarras em espiral pontuadas pela improvisação e pelo psicadelismo presente nos seus discos, em especial, Behold Secret Kingdom. De destacar os dois últimos temas, poderosas malhas próximas de um certo psy-blues mutante que preparam muito bem o terreno para os mestres japoneses que se seguiam. É de facto difícil definir a sonoridade da banda devido à quantidade de referências abordadas mas ao vivo esse ecletismo e indefinição ganha uma outra dimensão e uma outra força quando tocada em palco. Uma estreia certeira dos Raccoo-oo-oon por cá.


Quanto ao concerto de AMT, autêntica viagem cósmica, há a dizer que se percebe bem o porquê de serem um dos colectivos mais míticos do noise/experimental japonês. Quem os vê sente a sua energia e a mestria únicas pela forma como vêem essa forma universal que é a música e impresiona a liberdade que transpira em cima do palco e contagia a audiência. A sua presença, por si só, já é digna de admiração. Sobre a música propriamente dita, os AMT deram-nos uma lição de psicadelismo como só eles conseguem. Abordando de várias formas o rock, escutámos desde malhas explosivas que misturavam o tribalismo do krautrock com as malhas mais stoner (em especial o segundo tema) até a um longo e épico tema que acabou num infernal funk japonês espacial. Houve ainda momentos vocais a capella que elevaram (ainda mais) o nível da sua actuação e que colaram na perfeição com todo o cenário sonoro que estava instalado. Jogos de harmonias e de timbres entre dois elementos da banda que a dada altura nos brindaram com uma interpretação vocal de Pastor dos Madredeus. Uma prenda inesperada a um público já completamente rendido. Quase no final do concerto cantavam We´re only here for the money e isto já demonstrava que a banda para além de tudo o que aqui foi dito ainda nutre de um sentido de humor apurado...Viagem completa, sobravam os vestígios...No palco? Uma guitarra presa ao tecto, como "prova de crime". Na sala? Um enorme sentimento de que um cometa raro tinha atravessado a ZDB...


Texto: Nuno Afonso
Fotos: Sandra Conrado

| TRACKS | Von Südenfed: Rhinohead

Von Südenfed são uma das surpresas de 2007. E quem são eles? Nada mais, nada menos que Mark E Smith (The Fall) e Mouse On Mars. Um projecto não muito recente mas que só agora tomou forma através do álbum Tromatic Reflexxions. O electro-techno poderoso do duo germânico em junção com a pose e discurso arrogante e mal-disposto, tão único, de Smith atinge um inesperado mas bem conseguido resultado.
Rhinohead é um dos temas-chave deste soundsystem híbrido e futurista. Isto sim, apetece chamar de nu-rave.

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http://www.aolcdn.com/_media/ch_music/von_sudenfed_the_rhinohead.mp3
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Os encantamentos da Kallikak Family

É sempre fascinante quando nos perdemos a descobrir uma banda que desde o primeiro minuto nos prende a atenção e então, rendidos, iniciamos esse nosso percurso de conhecermos melhor tal grupo de pessoas que nos despertou tanto interesse. Pode ser só conversa barata de uma melómana maníaca ou pode ser que os Kallikak Familiy sejam mesmo um caso sério de uma banda que tem algo especial para oferecer. Ou ainda, ambas as hipóteses. Mas vamos aos factos: Andrew Peterson (fundador da banda em questão) confrontou-se certo dia, algures em 2005, com a fatídica data de 23 de Março de 2007, que segundo uma cartomante, seria o último dia da vida de Peterson. Resultado: desde então o músico mergulhou numa viagem mística em (re)descoberta da vida - se assim pudermos chamar - através da sua música e claro, a cartomante falhara na sua previsão. De facto, a data referida serviu de título para o segundo disco dos Kallikak Family. Episódio esotérico sim, mas esoterismo é algo muito presente na sua música. Não existem aqui "canções" propriamente ditas, antes interlúdios e colagens de paisagens sonoras que cruzam a electrónica, a folk e a pop de um modo inesperado mas francamente criativo em que o efeito surpresa nunca se perde. O trabalho de field recordings é aqui presente e sabiamente envolto de melodias encantarórias e de escapes sonoros criados por alguém, que aparentemente, acreditava que o seu dia estava perto de chegar. No entanto, já antes da data que viria a mudar o rumo da sua criação musical, já a Kallikak Family era reconhecida no circuito underground de Chicago tendo também colaborado com os The Microphones e Adam Forkner, outro visionário irremediável. Peterson e a sua banda fazem parte desta nova vaga de gente fantástica (a par de Lucky Dragons, Devendra Banhart, ou White Rainbow entre outros) que aborda a música de uma forma livre e pura, como que próximo degrau para outro nível e que simplesmente adora criar algo que os outros sintam como sendo "especial". O que quer que isto signifique.
Três palavras? Encantatório, abstracto e vanguardista.

Rita Andrade

..::..Myspace..::..
http://www.myspace.com/kallikak

| TRACKS | Savath + Savalas: Era Tu

Guillermo Scott Herren mais conhecido por Prefuse 73 continua a inovar e a abraçar novos caminhos. Agora, para além do seu magnífico trabalho na área de hip-hop mais abstracto, Herren explora as sonoridades da música brasileira e afro-cubana através do projecto Savath + Savalas juntamente com a voz de Eva Puyuelo Huns. Golden Polen é o título do álbum recentemente lançado e que apresenta esta viagem inter-cultural com um travo ligeiramente sofisticado mas com soul.

..::..Download..::..
http://mp3.insound.com/download.php?mp3id=3147
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